A corrida está entre os exercícios físicos mais saudáveis e vantajosos do mundo. Porém, como todo esporte, existe sobrecarga em algumas articulações que, se não tiverem uma boa estabilização e força muscular, podem ocasionar lesões, principalmente nas regiões do quadril, joelho e tornozelo no caso do corredor.
Dessa forma, é essencial que o atleta faça um trabalho de fortalecimento muscular em paralelo a corrida, a fim de prevenir essas lesões e casos mais graves como alterações no disco intervertebral que, podem levar a hérnia de disco ou artrose da coluna vertebral, por exemplo.
Nesse sentido, o Pilates é uma atividade complementar perfeita para corredores, pois além de proporcionar fortalecimento, alongamento, mobilidade e equilíbrio, também trabalha a respiração, que é um dos grandes pilares da prática. A respiração do pilates é capaz de contrair o músculo transverso do abdômen, um músculo extremamente importante para estabilização do core e prevenção de lesões em atletas.
A propósito, o fortalecimento dessa região, também conhecida como “Power House”, é um dos principais focos do pilates no atletismo. Na verdade, ela é um composto de músculos da região abdominal, pélvica e quadril que, quando fortalecidos ajudam não só na prevenção de lesões, mas também na biomecânica da corrida.
Entre o conjunto de exercícios com foco na corrida, é possível destacar aqueles que simulam a rotina do atleta na modalidade, dando assim uma abordagem muito mais personalizada, visando atender às principais necessidades do atleta. Geralmente, esses exercícios são focados nos membros inferiores, pois, como já mencionado, são as regiões que recebem mais impacto e, por isso, são mais suscetíveis às lesões.
Sendo assim, para alcançar todo o potencial que o Pilates proporciona, é essencial que corredores sejam orientados por um fisioterapeuta esportivo que, além da abordagem focada na prevenção de lesões, atua também na reabilitação e correção de padrões biomecânicos do atleta.
“É preciso oferecer aos atletas as condições para um seguro e breve retorno à prática esportiva, educando-os também para os cuidados que devem ter com o corpo, para que não tenha nova recidiva”, diz o fisioterapeuta esportivo e diretor da Clínica Fisio e Forma, de Diadema, Kalil Zipperer.
O fisioterapeuta esportivo recomenda ainda que o ideal é que o atleta pratique o pilates, no mínimo, duas vezes por semana e procure associá-lo também a fisioterapia. A fisioterapia, segundo Zipperer, é muito importante para o trabalho preventivo, uma vez que, por meio desse acompanhamento, o corredor também é orientado quanto às melhores práticas e acessórios na modalidade.
